AMAR É CONVIVER










No fim, amamos a convivência.
E o que ela representa em nossa vida. 
Quando estamos com alguém conseguimos entender a importância dos pequenos detalhes, o modo que a pessoa consegue mexer com o nosso organismo. O jeito que pronuncia o nosso nome, o tom de voz ao acordar, o áudio manhoso te chamando para passar o domingo enrolado nas cobertas, a proposta safada, o modo que sussurra inseguro que te ama e o olhar confiante quando o desejo vem a tona. As mensagens guardadas, ver algo e se lembrar, dormir agarrado e mudar de posição por causa do braço ter adormecido. O modo que o tempo parece fortalecer, tornando as coisas mais fáceis e extremamente difíceis. A promessa de ser amado. Amar é perder o controle, e ainda assim, fazer com que se torne alguém melhor a cada dia. É tentar com todas as forças ser digno de ter encontrado alguém no meio deste mar de pessoas perdidas. É esquecer de tentar as vezes, só por ter encontrado, e quase se perder. É ganhar e perder diariamente. É ceder. 
    Comida japonesa no chão da sala, dormir no meio do filme, as piadas internas, a saudade que bate em meio a correria, a facilidade que as mãos são entrelaçadas e o abraço que cura qualquer dia ruim. A pele que arrepia sobre a sua.
É o inverno que chega com as brigas. E o verão quente que chega com a reconciliação.
É se adaptar e ser adaptado.
Amar é escolher viver. E querer dividir isso com alguém.



Milena/ Tráfico de Conselhos. 

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